sexta-feira, 27 de julho de 2012

Em 18 meses, o Ibama emite 1,4 mil infrações

Retirada de lenha sem manejo sustentável é crime; além do Ibama, a Polícia Ambiental também fiscaliza extração irregular na Paraíba.





A prática de retirada de lenha sem manejo sustentável é considerada crime e tem sido responsável pelo maior número de multas aplicadas pelo Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama). Somente nos últimos 18 meses o Instituto já lavrou 1.442 autos de infração e aplicou o equivalente a R$ 18 milhões em multas. Somente este ano três grandes operações foram realizadas no intuito de coibir o desmatamento ilegal no Estado: operação 'Dalgerbia', operação 'Borborema' e operação 'Bonifácio'. As ações tiveram como intuito coibir o desmatamento nas regiões do Litoral, Brejo, Cariri e Sertão do Estado.

Conforme o superintendente do Ibama na Paraíba, Bruno Faro Eloy, a responsabilidade de fiscalização é comum ao Ibama, Superintendência de Administração do Meio Ambiente (Sudema) e aos municípios. Ele lembra que compete à Sudema emitir autorização de desmatamento ou limpeza de área e autorização para o uso alternativo do solo. “Nesse sentido, todo e qualquer desmatamento somente poderá ser realizado, de forma lícita, mediante a obtenção prévia das referidas autorizações”, acrescentou Bruno.

O superintendente do Ibama ressaltou que o grande problema da degradação ambiental é a ausência de uma consciência ambiental por parte da população quanto à necessidade de preservação da natureza.

“É preciso que o poder público invista cada vez mais na educação ambiental, o que já é feito pelo Ibama, através de atividades em escolas, assentamentos rurais, entre outras”, disse Bruno Faro Eloy.

POLÍCIA AMBIENTAL
O Batalhão de Policiamento Ambiental da Paraíba também fiscaliza a extração irregular de lenha. No entanto, segundo o chefe de fiscalização do BPA, tenente Handerson da Silva, o monitoramento semanal só é possível de João Pessoa até Campina Grande.

No interior, o trabalho é feito conforme chegam denúncias. “Nós temos três viaturas, sendo cada uma com três homens, realizando a fiscalização nas quartas ou sextas-feiras na Grande João Pessoa. Amanhã mesmo temos uma operação da capital até Mamanguape, a fim de fiscalizar as madeireiras”, contou o tenente, ao acrescentar que os policiais ambientais trabalham junto com o Ibama e têm convênio firmado com a Sudema para atuar na lavração de autos.

A reportagem procurou entrar em contato por telefone com a chefia de fiscalização da Secretaria do Meio Ambiente da capital e a coordenadoria do meio ambiente de Campina Grande, mas não obteve êxito. (Colaborou Luzia Santos)


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