domingo, 26 de agosto de 2012

Paraíba terá o terceiro maior pólo cimenteiro do Brasil em 2014

Ívyna Souto
 
A Paraíba será o terceiro maior pólo cimenteiro do Brasil em dois anos. Até 2014, a Paraíba sediará cinco fábricas de cimento que gerarão emprego e renda para o Estado. Uma dessas indústrias será instalada no município de Pitimbu, litoral sul, é o Grupo Brennand Cimentos que empregará 1,8 mil pessoas na edificação e instalação e mais 1, 45 mil quando começar a produzir cimento (sendo 245 empregos diretos e 800 indiretos). Neste momento, o Grupo Brennand está qualificando a mão de obra local através de 'Projeto Mãos Dadas com o Futuro' realizado em uma parceria com o Senai e com a ONG Mais Consultoria Social, de Recife, com cursos de carpinteiro e armador para que os moradores da região sejam os futuros funcionários da empresa.

A indústria de cimento começará a funcionar em 2014, mas antes foi instalado um Centro de Referência no distrito de Taquara, vizinho a Pitimbú, onde as pessoas interessadas em trabalhar na construção da fábrica e na produção de cimento puderam entregar currículos e fazer seu cadastro para a seleção de operários para a obra. O 'Projeto Mãos Dadas com o Futuro' vai formar cerca de 800 pessoas em 50 turmas. As duas primeiras turmas se formaram nesta sexta, 24, em solenidade realizada no Recanto de Lourdes com a presença de representantes do Estado, Margareth Cavalcante (presidente da Companhia de Desenvolvimento da Paraíba), da Prefeitura de Pitimbu, Rômulo Albuquerque.

Muitas pessoas que nasceram e vivem na região veem a chegada da Fábrica como oportunidade de mudar de vida, é o caso de Adriano Cristovão dos Santos, ele tem 42 anos de idade e trabalha como vigilante em uma escola, é prestador de serviço há 15 anos, ele participa do curso de armador em uma das quatro turmas em formação. Adriano Santos disse que espera ser selecionado para trabalhar na construção e pretende continuar trabalhando e se qualificando.

Nelson Herculano Rodrigues, de 35, é cortador de cana e está participando do curso de carpintaria, ele disse que quer ter um emprego melhor, "cortar cana é muito difícil, quero pensar em algo melhor, um emprego melhor", relatou. Assim como Márcio Pereira de Alcântara, de 32 anos, que faz bicos como pedreiro e eletricista, além do trabalho com a pesca com arpão. Ele falou que está em Pitimbú desde 205 e faz vários trabalhos para seguir vivendo, mas enfatizou a animação que está sentindo com a possibilidade do trabalho na fábrica que se instalará na cidade.

Outro exemplo de dedicação vem de Ozeane Gomes de Sousa Vanzuíta, de 28 anos, ela tem dois filhos e o marido trabalha como cozinheiro. "Eu tive apoio do meu marido para fazer o curso e procurar emprego em uma área que tem mais homens trabalhando, meu pai não queria que eu fizesse o curso, mas estou fazendo e quero trabalhar na fábrica. Já trabalhei como faxineira e cozinheira, tem dias que não tenho com quem deixar meu filho mais novo e já cheguei a trazê-lo para o curso, mas não vou desistir", relatou Ozeane.

Entre os formandos está Wendell Macedo Sousa que deseja trabalhar como carpinteiro na construção da fábrica e continuar trabalhando na área profissional, antes do curso ele fazia trabalhos em pequenas construções e instalações elétricas na cidade e região. Entre os trinta formandos desta sexta, havia sete mulheres que terminaram  curso de carpintaria com aulas de cidadania, sob a responsabilidade da Mais Consultoria Social, e carpintaria, pelo Senai. As aulas dos formandos, das quatro turmas em andamento e dos futuros alunos acontecem em um galpão com duas salas de aula onde são ministradas as aulas teóricas e depois a parte prática, quando os alunos colocam em prática o aprendizado.

A presidente da Cinep, Margareth Cavalcante, afirmou, durante a solenidade, que a Paraíba está crescendo com essas inciativas e com a instalação desta e mais duas fábricas na Paraíba até 2014, O Estado terá o terceiro maior pólo cimenteiro do Brasil ficando atrás de Minas Gerais e Sergipe. Ela enfatizou a importância do empreendimento e da formação de mão de obra. "É muito importante para a Paraíba a instalação de fábricas como a Brennand, sobretudo quando há qualificação. A empresa vai gerar emprego e traz desenvolvimento para a cidade em que se instala e para toda a região", complementou Margareth Cavalcanti.


 

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